As relações sociais na primeira infância

As relações afetivas e interações sociais são fundamentais para o crescimento saudável da criança. Lembre-se da nossa conversa tão boa sobre a união entre a família e escola: ambas são um pilar primordial de convívio entre crianças e é essa interação social construtiva e cooperativa que tem o potencial de promover a aprendizagem eficiente, a empatia, o respeito mútuo, a autonomia e confiança. É uma necessidade existente desde bebê, pois, ao interagir com as pessoas, o pequeno constrói conhecimentos a respeito da socialização e do mundo em que vive. A forma como acontece essa troca determinará como a criança entende que deve ser o tratamento com o outro.

O vínculo para o desenvolvimento infantil

Para o Brasil, o vínculo aparece em quarto lugar dentre os itens importantes para o desenvolvimento infantil: antes estão os cuidados físicos, como amamentar. Mesmo assim, a Pedagogia Afetiva ainda é muito desconhecida, quando, em contrapartida, o desenvolvimento da linguagem oral define as participações nas atividades mais práticas e simples no dia a dia de uma pessoa. A linguagem é um eixo básico e sua importância vem desde a educação infantil, em contato com os aprendizados transmitidos pelo professor e passados entre alunos. É por isso que, como colégio, prezamos pelo tratamento individual que oferecemos a cada aluno, levando em conta suas necessidades específicas.

O vínculo incentiva a empatia, tolerância, a facilidade de fazer amigos, a autonomia e sentido de colaboração e solidariedade. O trabalho em equipe é uma consequência fácil e natural na descoberta de quem “eu sou” e quem são “os outros”: você verá seu filho facilmente dividindo brinquedos.

O papel do brincar para as relações sociais

Comunicar-se e interagir socialmente não é apenas falar. O papel do brincar é um pilar que não podemos esquecer. O mundo, para uma criança, é repleto de oportunidades, explorações significativas e aprendizagens coloridas. Os brinquedos também ensinam: em suas cores, conteúdos ou na interação que possibilitam. Na realidade, a interação em si é um divertimento e pode ser uma forma de brincar. Quando o seu filho alimenta uma brincadeira com outro bebê, esquecerá da sua vontade de explorar algum objeto. Atividades como brincar, rir, passear, conversar, explorar, cantar e contar histórias são importantes para o pleno desenvolvimento da criança.

Compre brinquedos com o seu filho – melhor ainda: construam seus próprios brinquedos, reciclando material e soltando a imaginação. Construam brincadeiras e momentos de interação, afeto e compartilhamento. Há várias formas de interagir que são otimizadas e alegres.

Caminhos para facilitar as relações sociais

Crie uma linguagem afetiva e social

Tenha paciência ao comunicar-se: lembre de estimular palavras gentis, de gratidão, ajuda e carinho, reforçando comportamentos positivos. Pensar antes de falar e explicar da melhor forma é necessário para que o crescimento infantil seja repleto de linguagem benéfica e construtiva. Além disso, se estimular um filho comunicante desde o início, terá um adolescente com mais facilidade de conversar e falar de sentimentos e experiências, bem como terá mais maleabilidade para transmitir os valores e conceitos que deseja para a criação do seu filho.

Cuidado com o excesso de estímulos

A criança precisa de tempo para descansar e para brincar, bem como para atividades sem o direcionamento de um adulto. Assim, estará trabalhando sua autonomia, confiança e sua própria capacidade de resolver problemas. Ela precisa ser a parte ativa do seu próprio processo.

Incentive a criança a fazer amigos e trabalhar em equipe

Bons contatos na juventude multiplicam as chances de felicidade na vida adulta.  É vital estabelecer estratégias pedagógicas e dentro do lar que possam estimular a expressão de sentimentos, a criação de novas amizades e a colaboração. É importante que seja gerado na primeira infância, pois quanto mais o tempo passa mais a criança encontra barreiras sociais.

Claro, as formas de incentivar e entender as relações sociais são muitas. O importante é trabalhar cooperativamente – escola e lar – para ajudar a nossas crianças a crescer em autonomia e confiança, formando um futuro mais engajado e consciente.